segunda-feira, 18 de abril de 2011

Paralização da Rede Estadual de Educação Alagoas

Professores da rede estadual param hoje por reajuste maior


07:44 - 18/04/2011

Da Redação Inconformados com o reajuste de 5,91% anunciado pelo governo do Estado, os trabalhadores da Educação iniciam nesta segunda (18) paralisação de 72 horas 8). O movimento terá início às 9h, com mobilização em frente ao prédio da Secretaria de Estado da Educação (SEE), de onde seguem em marcha até a Secretaria de Estado da Gestão Pública (Segesp).

A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) informou que além do reajuste salarial para reposição de perdas acumuladas, os trabalhadores outros 19 pontos de reivindicação. De acordo com a presidente do Sinteal, Célia Capistrano, a pauta refere-se à mudança de faixa dos professores que se capacitaram e fizeram curso superior, agilidade na concessão de aposentadorias e melhorias na estrutura física nas escolas, já que em grande parte faltaria de carteiras a diários escolares.

“O reajuste salarial não é satisfatório, mas temos uma longa pauta de reivindicações para discutir com o governo do Estado. Temos direito de reivindicar melhores condições de trabalho, melhor remuneração e vamos lutar para obter esses direitos, que são garantidos por lei”, frisou Célia Capistrano.

Diálogo

Na última sexta-feira (8), em entrevista ao Tudo na Hora, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) disse que o anúncio de reajuste para os servidores públicos "não fecha a porta de negociação". No entanto, afirmou que o reajuste de 5,91% foi concedido dentro do patamar possível para o Estado, que não tem como arcar com as reivindicações específicas das diversas categorias de servidores estaduais, em função do limite de gastos determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Eu, assim como qualquer outro gestor deste país, gostaria de aumentar os salários dos servidores para deixá-los satisfeitos. Mas, infelizmente, nem sempre isso é possível, como é o caso de Alagoas atualmente. Mesmo assim, estou disposto a dialogar e negociar, como sempre estive”, assegurou.
No final de semana, o Sinteal divulgou nota nos veículos de comunicação, convocando para a mobilização e informando que o clima entre os integrantes da categoria é de revolta, com o que chama de “reajuste de fome” concedido pelo governo do Estado. “Não há como se conformar com a implantação de uma política salarial que despreza o passado de perdas acumuladas”, afirma a presidente do sindicato, Célia Capistrano.