quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Plano de Aula

A internet como instrumento de pesquisa para apresentações em sala de aula.

Objetivos
Conhecer os sites de busca para auxiliar a pesquisa (Google, Altavista, Cadê etc)
Utilizar a internet para conhecer os sites de busca
Identifiicar os conteúdos e organizar o trabalho

Passo-a-passo:
Localizar orientações para execução do trabalho no blog manoeleducacao.blogspot.com
Pesquisar nos sites de buscas o conteúdo sobre vida e obra de Graciliano Ramos, mestre inspirador da Literarte 2010 (BCL)
Transferir a pesquisa para um editor de textos
Organizar o texto e salvar

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Graciliano Ramos

"Começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas

com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos

estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei,

ainda nos podemos mexer"



Graciliano Ramos nasceu no dia 27 de outubro de 1892, na cidade de Quebrangulo, sertão de Alagoas, filho primogênito dos dezesseis que teriam seus pais, Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos. Viveu sua infância nas cidades de Viçosa, Palmeira dos Índios (AL) e Buíque (PE), sob o regime das secas e das suas que lhe eram aplicadas por seu pai, o que o fez alimentar, desde cedo, a idéia de que todas as relações humanas são regidas pela violência. Em seu livro autobiográfico "Infância", assim se referia a seus pais: "Um homem sério, de testa larga (...), dentes fortes, queixo rijo, fala tremenda; uma senhora enfezada, agressiva, ranzinza (...), olhos maus que em momentos de cólera se inflamavam com um brilho de loucura".

Em 1894, a família muda-se para Buíque (PE), onde o escritor tem contacto com as primeiras letras.

Em 1904, retornam ao Estado de Alagoas, indo morara em Viçosa. Lá, Graciliano cria um jornalzinho dedicado às crianças, o "Dilúculo". Posteriormente, redige o jornal "Echo Viçosense", que tinha entre seus redatores seu mentor intelectual, Mário Venâncio.

Em 1905 vai para Maceió, onde freqüenta, por pouco tempo, o Colégio Quinze de Março, dirigido pelo professor Agnelo Marques Barbosa.

Com o suicídio de Mário Venâncio, em fevereiro de 1906, o "Echo" deixa de circular. Graciliano publica na revista carioca "O Malho" sonetos sob o pseudônimo de Feliciano de Olivença.

Em 1909, passa a colaborar com o "Jornal de Alagoas", de Maceió, publicando o soneto "Céptico" sob o pseudônimo de Almeida Cunha. Até 1913, nesse jornal, usa outros pseudônimos: S. de Almeida Cunha, Soares de Almeida Cunha e Lambda, este usado em trabalhos de prosa. Até 1915 colabora com "O Malho", usando alguns dos pseudônimos citados e o de Soeiro Lobato.

Em 1910, responde a inquérito literário movido pelo Jornal de Alagoas, de Maceió. Em outubro, muda-se para Palmeira dos Índios, onde passa a residir.

Passa a colaborar com o "Correio de Maceió", em 1911, sob o pseudônimo de Soares Lobato.

Em 1914, embarca para o Rio de Janeiro (RJ) no vapor Itassuoê. Nesse ano e parte do ano seguinte, trabalha como revisor de provas tipográficas nos jornais cariocas "Correio da Manhã", "A Tarde" e "O Século". Colaborando com o "Jornal de Alagoas" e com o fluminense "Paraíba do Sul", sob as iniciais R.O. (Ramos de Oliveira). Volta a Palmeira dos Índios, em meados de 1915, onde trabalha como jornalista e comerciante. Casa-se com Maria Augusta Ramos.
Sua esposa falece em 1920, deixando quatro filhos menores.

Em 1927, é eleito prefeito da cidade de Palmeira dos Índios, cargo no qual é empossado em 1928. Ao escrever o seu primeiro relatório ao governador Álvaro Paes, “um resumo dos trabalhos realizados pela Prefeitura de Palmeira dos Índios em 1928”, publicado pela Imprensa Oficial de Alagoas em 1929, a verve do escritor se revela ao abordar assuntos rotineiros de uma administração municipal. No ano seguinte, 1930, volta o então prefeito Graciliano Ramos com um novo relatório ao governador que, ainda em nossos dias, não se pode ler sem um sorriso nos lábios, tal a forma sui generis em que é apresentado. Dois anos depois, renuncia ao cargo de prefeito e se muda para a cidade de Maceió, onde é nomeado diretor da Imprensa Oficial. Casa-se com Heloisa Medeiros. Colabora com jornais usando o pseudônimo de Lúcio Guedes.

Demite-se do cargo de diretor da Imprensa Oficial e volta a Palmeira dos Índios, onde funda urna escola no interior da sacristia da igreja Matriz e inicia os primeiros capítulos do romance São Bernardo.

O ano de 1933 marca o lançamento de seu primeiro livro, "Caetés", que já trazia consigo o pessimismo que marcou sua obra. Esse romance Graciliano vinha escrevendo desde 1925.

No ano seguinte, publica "São Bernardo". Falece seu pai, em Palmeira dos Índios.

Em março de 1936, acusado — sem que a acusação fosse formalizada — de ter conspirado no malsucedido levante comunista de novembro de 1935, é demitido, preso em Maceió e enviado a Recife, onde é embarcado com destino ao Rio de Janeiro no navio "Manaus". com outros 115 presos. O país estava sob a ditadura de Vargas e do poderoso coronel Filinto Müller. No período em que esteve preso no Rio, até janeiro de 1937, passou pelo Pavilhão dos Primários da Casa de Detenção, pela Colônia Correcional de Dois Rios (na Ilha Grande), voltou à Casa de Detenção e, por fim, pela Sala da Capela de Correção. Seu livro "Angústia" é lançado no mês de agosto daquele ano. Esse romance é agraciado, nesse mesmo ano, com o prêmio "Lima Barreto", concedido pela "Revista Acadêmica".

Foi libertado e passou a trabalhar como copidesque em jornais do Rio de Janeiro, em 1937. Em maio, a "Revista Acadêmica" dedica-lhe uma edição especial, de número 27 - ano III, com treze artigos sobre o autor. Recebe o prêmio "Literatura Infantil", do Ministério da Educação", com "A terra dos meninos pelados."

Em 1938, publica seu famoso romance "Vidas secas". No ano seguinte é nomeado Inspetor Federal do Ensino Secundário no Rio de Janeiro.

Em 1940, freqüenta assiduamente a sede da revista "Diretrizes", junto de Álvaro Moreira, Joel Silveira, José Lins do Rego e outros "conhecidos comunistas e elementos de esquerda", como consta de sua ficha na polícia política. Traduz "Memórias de um negro", do americano Booker T. Washington, publicado pela Editora Nacional, S. Paulo.

Publica uma série de crônicas sob o título "Quadros e Costumes do Nordeste" na revista "Política", do Rio de Janeiro.

Em 1942, recebe o prêmio "Felipe de Oliveira" pelo conjunto de sua obra, por ocasião do jantar comemorativo a seus 50 anos. O romance "Brandão entre o mar e o amor", escrito em parceria com Jorge Amado, José Lins do Rego, Aníbal Machado e Rachel de Queiroz é publicado pela Livraria Martins, S. Paulo.

Em 1943, falece sua mãe em Palmeira dos Índios.

Lança, em 1944, o livro de literatura infantil "Histórias de Alexandre". Seu livro "Angústia" é publicado no Uruguai.

Filia-se ao Partido Comunista, em 1945, ano em que são lançados "Dois dedos" e o livro de memórias "Infância".

O escritor Antônio Cândido publica, nessa época, uma série de cinco artigos sobre a obra de Graciliano no jornal "Diário de São Paulo", que o autor responde por carta. Esse material transformou-se no livro "Ficção e Confissão".

Em 1946, publica "Histórias incompletas", que reúne os contos de "Dois dedos", o conto inédito "Luciana", três capítulos de "Vidas secas" e quatro capítulos de "Infância".

Os contos de "Insônia" são publicados em 1947.

O livro "Infância" é publicado no Uruguai, em 1948.
Traduz, em 1950, o famoso romance "A Peste", de Albert Camus, cujo lançamento se dá nesse mesmo ano pela José Olympio.
Em 1951, elege-se presidente da Associação Brasileira de Escritores, tendo sido reeleito em 1962. O livro "Sete histórias verdadeiras", extraídas do livro "Histórias de Alexandre", é publicado.
Em abril de 1952, viaja em companhia de sua segunda esposa, Heloísa Medeiros Ramos, à Tcheco-Eslováquia e Rússia, onde teve alguns de seus romances traduzidos. Visita, também, a França e Portugal. Ao retornar, em 16 de junho, já enfermo, decide ir a Buenos Aires, Argentina, onde se submete a tratamento de pulmão, em setembro daquele ano. É operado, mas os médicos não lhe dão muito tempo de vida. A passagem de seus sessenta anos é lembrada em sessão solene no salão nobre da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em sessão presidida por Peregrino Júnior, da Academia Brasileira de Letras. Sobre sua obra e sua personalidade falaram Jorge Amado, Peregrino Júnior, Miécio Tati, Heraldo Bruno, José Lins do Rego e outros. Em seu nome, falou sua filha Clara Ramos.

No janeiro ano seguinte, 1953, é internado na Casa de Saúde e Maternidade S. Vitor, onde vem a falecer, vitimado pelo câncer, no dia 20 de março, às 5:35 horas de uma sexta-feira. É publicado o livro "Memórias do cárcere", que Graciliano não chegou a concluir, tendo ficado sem o capítulo final.

Postumamente, são publicados os seguintes livros: "Viagem", 1954, "Linhas tortas", "Viventes das Alagoas" e "Alexandre e outros heróis", em 1962, e "Cartas", 1980, uma reunião de sua correspondência.

Seus livros "São Bernardo" e "Insônia" são publicados em Portugal, em 1957 e 1962, respectivamente. O livro "Vidas secas" recebe o prêmio "Fundação William Faulkner", na Virginia, USA.

Em 1963, o 10º aniversário da morte de Mestre Graça, como era chamado pelos amigos, é lembrado com as exposições "Retrospectiva das Obras de Graciliano Ramos", em Curitiba (PR), e "Exposição Graciliano Ramos", realizada pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

Em 1965, seu romance "Caetés" é publicado em Portugal.
Seus livros "Vidas secas" e "Memórias do cárcere" são adaptados para o cinema por Nelson Pereira dos Santos, em 1963 e 1983, respectivamente. O filme "Vidas secas" obtem os prêmios "Catholique International du Cinema" e "Ciudad de Valladolid" (Espanha). Leon Hirszman dirige "São Bernardo", em 1980.

Em 1970, "Memórias do cárcere" é publicado em Portugal.

Bibliografia:

- Caetés - romance
- São Bernardo - romance
- Angústia - romance
- Vidas secas - romance
- Infância - memórias
- Dois dedos - contos
- Insônia - contos
- Memórias do cárcere - memórias
- Viagem - impressões sobre a Tcheco-Eslováquia e a URSS.
- Linhas tortas - crônicas
- Viventes das Alagoas - crônicas
- Alexandre e outros irmãos (Histórias de Alexandre, A terra dos meninos pelados e Pequena história da República).
- Cartas - correspondência pessoal.


Dados extraídos de livros do autor, internet e caderno "Mais!", da Folha de São Paulo, edição de 09/03/2003.
http://www.releituras.com/graciramos_bio.asp acesso em 17 de novembro de 2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Memorial

MEMORIAL DESCRITIVO


Mesmo que não percebamos, nossa práxis, como educadores, é para a libertação dos seres humanos, sua humanização, ou para a domesticação, sua dominação.

Paulo Freire

INTRODUÇÃO

O meu primeiro contato com a Educação Profissional foi com o Curso Técnico em Agropecuária, em 1993, quando o iniciei e concluindo em 1995. Nesse período participei de concurso público para o cargo de auxiliar em agropecuária, fui aprovado e tomei posse em janeiro de 1997. Nesse contexto participo interagindo e auxiliando nas aulas práticas de diversas disciplinas do curso técnico. Conclui a Graduação em Letras em 2005, em 2006 fui aprovado em concurso público para o cargo de Professor de Ensino Fundamental e Médio de Língua Portuguesa. No ano de 2007 a Escola que leciono iniciou com a (EJA) Educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio e desde então trabalho com essa modalidade.

TRAJETÓRIA PROFISSIONAL

Minha trajetória profissional tem marca presente tanto na Educação Profissional quanto na Educação de Jovens e Adultos, pois há 11 anos trabalho na Escola Agrotécnica Federal de Satuba e 3 anos com a Educação de Jovens e Adultos na Escola Estadual Profª Benedita de Castro Lima. A Educação está em constante processo de mudanças, percebe-se que há uma retomada para a qualificação profissional dos jovens e adultos de nosso país. Uma das grandes dificuldades para dar continuidade aos estudos são as cargas horárias de trabalhos que os alunos têm e não conseguem acompanhar o processo ensino aprendizagem. Com a EJA, há possibilidades de maior interação com o aluno, no sentido de refletir sobre a prática pedagógica com a sua vivência de mundo.

A formação precisa ser continuada, pois “o dia-a-dia na escola é um locus de formação. Nesse cotidiano ele aprende, desaprende, reestrutura o aprendido, faz descobertas e, portanto, é nesse locus que muitas vezes ele vai aprimorando sua formação”. (CANDAU, p. 144). Quando se trabalha com objetivos práticos do seu cotidiano fica mais fácil a compreensão, um dos desafios superados foi a contextualização de conteúdos por meio de temáticas trabalhadas em sala de aula, como por exemplo: “O curta metragem ‘A velha a fiar’ em relatos de construção de sentidos na produção textual de alunos da Educação de Jovens e Adultos, Ensino Médio”; “Globalização ou mudança de nacionalidade” ambos trabalhos divulgados no banco de relatos do programa da Petrobrás “Curta na Escola” www.curtanaescola.org.br Outro trabalho realizado foi “A experiência como interlocução para a Disseminação da Educação Fiscal na Educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio”. Assim, podemos construir argumentos para o rompimento dos muros da escola para o mundo real. Mas é importante perceber que “o processo de formação do professor como profissional reflexivo passa pelo processo permanente de conhecimento na ação, de reflexão na ação e de reflexão sobre a ação” (SCHÖN, 1995). Nesse pensamento, procuro criar nas aulas minha própria ação a partir da reflexão do que é trabalhado.

Dentre as alternativas de formação observa-se que não há um modelo pronto e sim uma construção dessa formação. Para COSTA,

Não existe uma homogeneização de propostas em torno da formação continuada. As políticas de capacitação dos professores geralmente são vistas como forma de melhorar o trabalho. No entanto, procuramos analisar as diferentes terminologias utilizadas quando se trata de formação continuada. Sentimos a necessidade de analisar termos que ainda estão muito presentes no cotidiano dos professores, como reciclagem, treinamento, aperfeiçoamento e capacitação. (S/D)

A formação profissional é necessária para ampliar as concepções de educação, homem e sociedade. Partindo de conceitos próximos da realidade dos alunos, conseguiremos alcançar um diálogo construtivo em sala de aula. Ao participar do II Seminário de Educação Profissional Integrado à Educação Básica, em Maceió-AL, 27 de maio de 2008, percebi a necessidade de estudar a trajetória da educação para jovens e adultos, também pela seriedade que essa temática é conduzida no Estado de Alagoas pelas Professoras Marinaide e Tânia Moura do Centro de Educação da Universidade Federal de Alagoas. Outro aspecto que levo em consideração é participar de atividades do curso profissionalizante na Escola Agrotécnica e Professor de Língua Portuguesa na Modalidade Jovens e Adultos na Escola Estadual Profª Benedita de Castro Lima, onde em 2009 teremos um curso profissionalizante integrado à educação de jovens e adultos, fazendo parte do Projeto Federal Brasil Profissionalizado.

A educação precisa ser privilegiada pelas políticas públicas, pois Vasconcellos (1995, p.19) confirma que a “formação deficitária; dificuldade em articular teoria e prática: a teoria de que dispõe, de modo geral, é abstrata, desvinculada da prática e, por sua vez a abordagem que faz da prática é superficial, imediatista não crítica”.

Sendo a formação continuada uma alternativa para preparação do educador. É importante perceber que “um professor destituído de pesquisa, incapaz de elaboração própria é figura ultrapassada, uma espécie de sobra que reproduz sobras. Uma instituição universitária que não sinaliza, desenha e provoca o futuro encalhou no passado (DEMO, 1994:27).



CONSIDERAÇÕES

O compromisso é fundamental na vida de todo profissional que procura aprender e socializar conhecimentos. É pensando na melhoria da qualidade de ensino que procuro aperfeiçoar-me, essa é uma oportunidade que buscava desde o início dos trabalhos com a Educação de Jovens e Adultos.



REFERÊNCIAS

CANDAU, Vera Maria Ferrão. Formação Continuada de Professores: Tendências Atuais. In: REALI, Aline Maria de Medeiros Rodrigues & MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti (org.) Formação de Professores: Tendências Atuais. Editora Universidade Federal de São Carlos – Rio de Janeiro. 1995.

COSTA, Maria Silvia. A formação continuada de professores (as): concepções e “modelos”. S.d.

DEMO, Educação e Qualidade. Campinas, SP: Papirus, 1994.

SCHÖN, Donald A. Formar professores como profissionais reflexivos. In: COSTA, Maria Silvia. A formação continuada de professores (as): concepções e “modelos”. S.d.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Para onde vai o Professor? Resgate do Professor como Sujeito de Transformação. São Paulo: Libertad, 1995. (Coleção Subsídios Pedagógicos do Libertad; v. l).

De volta ao trabalho!

Olá pessoal,

Estamos retomando nossas atividades de publicação.

Grande abraço, obrigado por nos seguir.

Manoel